Aspectos Botânicos
O gênero Pinus pertence à ordem Coniferae, do grupo das Gymnospermae. Sua área de ocorrência natural vai da região polar até os trópicos, englobando os continentes da Europa, Ásia, América do Norte e Central, não ocorrendo naturalmente na América do Sul.
O gênero Pinus apresenta cerca de 105 espécies identificadas, que são fisiologicamente resistente à seca, muito exigentes com luz (suportando sombreamento apenas na fase jovem), quanto à temperatura, suportam temperaturas de -65°C até 50°C. Apresentam diferentes exigências quanto à fertilidade, textura e profundidade do solo. Devido à sua grande versatilidade possibilita o plantio em diferentes condições de ambiente.
As espécies mais plantadas no Brasil são: Pinus taeda, Pinus elliotti (que toleram geadas), Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus oocarpa e Pinus tecunumanii (estes toleram déficit hídrico), sendo a maior parte do plantios nos Estados da região Sul do país.
A folha do Pinus é acicular, com estruturas que diminuem as perdas de água para o ambiente.
A semente é alada, sendo dispersa pelo vento e sua formação ocorre de 15 a 30 meses, pois os cones são formados na primavera, mas a fecundação somente ocorre na primavera seguinte e a maturação ocorrerá no outono.
A identificação das espécies é feita com a análise da disposição das acículas, número e coloração destas, forma e cor das sementes e formato e tipo de abertura do cone, sendo difícil a identificação devido às suas semelhanças botânicas; mas com prática e convívio pode ser realizado com maior facilidade. Os Pinus são divididos em 3 subgêneros:
Subgênero Strobus: possui apenas um canal vascular por folha. Sementes aladas de forma adnata.
Subgênero Ducampopinus: possui um canal vascular por folha. Sementes aladas articuladas.
Subgênero Pinus: possui dois canais vasculares por folha. Sementes aladas articuladas.
Utilização de Produtos
O Pinus é um gênero produtor de madeira, que será utilizada como matéria-prima para a produção de celulose de fibra longa e papel de qualidade superior, chapas, MDF, OSB, compensado, laminados, móveis, tábuas – podendo ser utilizada na construção de casas, caixotarias e pellets.
Colheita e Transporte
Corte
No processo de corte, ocorrem as operações de derrubada, desgalhamento, traçamento, enleiramento e dependendo do sistema e equipamentos de corte utilizados o descascamento.
O corte de Pinus tem sido realizado com motosserras, tratores derrubadores empilhadores “feller-buncher” e tratores derrubadores com cabeçotes processadores “harvester” dependendo das condições de topografia.
Desgalhamento e traçamento
No Brasil, as formas mais comuns de se fazer o traçamento e desgalhamento são manualmente com machado, usando motosserra, grade desgalhadora com motosserra, cabeçote de harvester ou desgalahdor/traçador mecânico. Esta etapa é muito influenciada pela qualidade de fuste exigida pela indústria.
Extração
A extração pode ser feita por arraste, baldeio ou suspensa, diferindo pela forma como será realizada. No Brasil a principal forma é a por arraste com equipamentos Miniskidders, Skidders. Podendo utilizar outras formas como: Clambunk, trator com barra e corrente, guinchos e até mesmo por arraste animal em algumas situações.
Em condições favoráveis de topografia, pode-se utilizar o transporte direto, em que o caminhão do transporte principal entra na floresta, porém pode trazer danos à superfície do solo, prejudicando o meio ambiente.
Carregamento
No Brasil utiliza-se para carregamento: Carregamento manual (altos índices de acidentes), gruas hidráulicas acopladas a tratores agrícolas e escavadeiras com garras.
1) Carregamento do veículo na área de corte para baldeio;
2) Carregamento do veículo na área pré-determinada ou em pátios, para transporte a longa distância;
3) Carregamento direto na área de corte para o veículo que faz o transporte a longa distância.
2) Carregamento do veículo na área pré-determinada ou em pátios, para transporte a longa distância;
3) Carregamento direto na área de corte para o veículo que faz o transporte a longa distância.
Descascamento
O descascamento mecanizado tem sido realizado na área de corte, em pátios ou em beira de estrada, sendo efetuado por descascadores móveis do tipo anelar. Quando se utiliza Harvester no corte, este equipamento pode também realizar o descascamento.
A preocupação crescente com a diminuição de custos, leva a necessidade de otimizar as operações florestais, ocorrendo principalmente com a substituição de tecnologias.
O processo acelerado de mecanização é devido à busca pela diminuição do número de pessoas na colheita e diminuição do risco de acidentes. Realizar a colheita independente das condições climáticas, possibilidade de colheita à noite, diminuição de custos e planejamento facilitado.
Referências Bibligráficas:
· MALINOVSKI, R.H., MALINOVSKI J.R., Colheita. Revista da Madeira nº68, ano 12, dezembro de 2002. Disponível em: http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=68&id=262 Acesso em: 06/10/2008.
· AUER, C.G., JUNIOR, A.G., SANTOS, A.F., Cultivo do Pinus. Sistemas de Produção nº 5, novembro de 2005, versão eletrônica. Disponível em: http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus.%20Acesso%20em%2006/10/2008.
· PAIVA, H.N., Notas de aula de ENF 333 Cultura de Essências Exóticas e Nativas, 2008 II
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